sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007

62. Eu sei que tu sabes que eu sei que o conteúdo e as conclusões da auditoria à ADTRC ainda vão dar muito que falar. E eu sei que tu sabes que eu sei mais …

17 comentários:

Anónimo disse...

É preciso agir
é preciso foder
isto é etimologicamente
cavar na cidade
é por vezes
tão difícil foder
como cavar
mas mando quinze tampas
de iougurte Longa Vida
natural
para o Apartado 4450
e plantam-me
uma alfarrobeira
na Arrábida

Adília Lopes

Anónimo disse...

Mas só falam de uma das alas vigaristas do PSD. Não falam das negociatas do PINA o MALÓ? Querem ver que a xafarica é deles!

Anónimo disse...

Académica: Maló de Abreu possível candidato à presidência

Maló de Abreu, derrotado por José Eduardo Simões nas últimas eleições para a Académica de Coimbra, perfila-se de novo como candidato no próximo acto eleitoral do clube, previsto para finais de 2007.
«O meu projecto mantém cada vez mais actualidade. Por isso, a minha candidatura é uma candidatura natural às próximas eleições à presidência da Académica», afirmou Maló de Abreu à Agência Lusa, após a apresentação do seu livro «Tiro no Porta-Aviões», que teve lugar, quinta-feira à noite, num hotel de Coimbra.

Reservado de início, dizendo que aguarda «serenamente pelo desenrolar da situação da Académica», Maló de Abreu não escondeu que poderá enfrentar o mesmo cenário de finais de 2004, quando concorreu à presidência da Briosa contra a lista do actual presidente, José Eduardo Simões.

«É natural que quem obteve há dois anos cerca de 40% dos votos dos associados, seja agora candidato», reiterou Maló de Abreu.

Há dois dias, quando se soube que José Eduardo Simões fora formalmente acusado de dez crimes de corrupção, Maló de Abreu lançou um comunicado difundido pela Agência Lusa no qual lembrou o projecto da sua candidatura de 2004, «baseado nos valores e princípios (...) que fazem da AAC uma Instituição singular e única».

«Apesar de mais de 40% dos sócios terem aderido às ideias que defendi, hoje lamento não ter sido suficientemente claro - e compreendido», afirmou o candidato às últimas eleições, encabeçando a lista «Académica Sempre».

Quinta-feira, José Eduardo Simões admitiu a sua eventual recandidatura, em entrevista ao jornal Record. «Não nego nem deixo de negar que serei novamente candidato», referiu.

Diário Digital / Lusa

Anónimo disse...

Isto está péssimo. Há muita concorrência neste ramo e temos de enfrentar as casas espanholas que praticam preços um pouco mais elevados mas com outro tipo de condições. Há dois anos atendia cinco ou seis clientes e agora apenas um ou dois. Muitos dias nem faço programas”, lamentou Andreia (nome fictício), uma das cerca de 300 prostitutas sinalizadas na região do Alto Alentejo por Abel Ribeiro, um sociólogo que fez em 2005 um estudo sobre a prostituição na região (ver entrevista). O objectivo era desviar as mulheres da vida nocturna para o mercado de trabalho com recurso a acções de formação qualificadas. As prostitutas queriam participar nos cursos, mas a intenção do sociólogo alentejano esbarrou na falta de apoio das instituições.

Andreia, 32 anos, de nacionalidade brasileira, passou largos meses a trabalhar em casas de alterne no centro e sul do País. Estabeleceu-se mais tarde no Alentejo, onde alugou uma casa com amigas e compatriotas.

“Para ganhar algum dinheiro que dê para enviar para a família cobramos por programa um preço igual ao praticado há dez anos. Tem de ser assim para podermos sobreviver. Já ando à procura de um trabalho decente para conseguir juntar dinheiro.”

Nos bares de alterne, na prostituição de rua ou em casas particulares os preços estão ‘institucionalizados’. Os programas podem custar dos dez euros (sexo oral) aos sessenta (sexo com casais ou com uso de instrumentos).

“Um programa pode até chegar aos 100 ou 200 euros. Depende do que o cliente quiser”, sublinha Andreia.

Face à crise, algumas mulheres que trabalham em bares de alterne ou em casas alugadas já começaram a pedir dinheiro emprestado para pagar dívidas. Nos jornais chegavam a colocar anúncios diversificados para atrair a clientela. Agora, anunciam uma ou, no máximo, duas vezes por semana.

“Vieram para Portugal para ganhar a vida, sujeitando-se a trabalhos na prostituição em estabelecimentos de alterne sem o mínimo de condições. Muitas vivem em situações precárias e com contratos de trabalho como empregadas de balcão”, frisa Abel Ribeiro, que identificou cerca de setenta casas de alterne nas regiões de Évora e Portalegre. A maioria dos estabelecimento encontra-se nos concelhos situados no eixo Lisboa-Madrid. Montemor-o-Novo, Estremoz e Borba são as localidades onde existem, segundo as autoridades, mais bares de alterne.

Segundo o sociólogo, a maioria destes estabelecimentos não tem as mínimas condições. “São espaços desconfortáveis e com pouca higiene. Os bares têm entre três a cinco mulheres, quase todas brasileiras provenientes das grandes cidades. São poucos os que têm mais de dez prostitutas”, explica o sociólogo.

Ao contrário do que acontece noutras regiões do País, no Alentejo já não aparecerem mulheres para trabalhar nos bares com mais de 45 anos. “A maioria tem bom aspecto físico. Os proprietários dos bares sabem que é preciso combater a concorrência espanhola”, acrescentou.

ROTA DA PROSTITUIÇÃO

Como tantas outras mulheres brasileiras, Andreia deixou a família numa favela do Rio de Janeiro para ganhar a vida com o próprio corpo. Atravessou o Atlântico rumo a Portugal no início de 2000, através de um contacto de uma amiga, mas ficou poucos meses. Regressou três anos depois.

“Hoje já não há muitas redes de prostituição. As mulheres já conseguem vir para Portugal em liberdade e fazer a sua vida. Os contactos partem quase sempre de amigas ou conhecidas que estão nesta vida em Portugal. Depois amarram um lugar para nós num bar”, explicou.

Andreia trabalhou em estabelecimentos de alterne. Atendia clientes e fazia, em muito menor número, shows de strip ou table dance. Um ano depois conseguiu legalizar-se e sair das amarras dos proxenetas, fixando-se numa pequena casa em Évora.

Os seus contactos com os clientes são estabelecidos através de uma chamada telefónica. “Atendo de tudo um pouco. Muitos jovens e homens com mais de quarenta anos. De vez em quando sou procurada por casais”, referiu.

Nas casas de alterne o negócio do sexo começa não por uma chamada telefónica mas por uma bebida. Os preços variam entre os três euros (uma cerveja de 33 cl) e os 15 euros (bebidas brancas). Uma bebida para as prostitutas é paga a dez euros. As mulheres ganham uma percentagem.

“Elas raramente bebem álcool. O empregado do bar traz quase sempre um sumo. Facilmente o cliente gasta numa noite cinquenta euros no bar. De vez em quando pode haver algum programinha no reservado”, esclareceu Andreia.

Depois de bem bebido e de uma dança com a alternadeira ao som de música romântica e iluminada pelo colorido das bolas de espelho do estabelecimento, o cliente é encaminhado para quartos ou residências quase sempre propriedade do dono da casa de alterne. Para não serem apanhadas pelas autoridades, as prostitutas têm contratos de trabalho no bar e de arrendamento do quarto.

REVOLTA E ANGÚSTIA

As mulheres que deixam o seu país rumo a Portugal sabem que vão ingressar no negócio do sexo. “Aceitam esta vida para ganhar dinheiro rápido. A maioria quer voltar ao seu país ou conseguir trazer a família. Outras deixam-se levar pelos vícios do álcool e da droga”, sublinhou Abel Ribeiro, que durante a elaboração do estudo sobre a prostituição viveu momentos marcantes. Durante as conversas com as mulheres da vida muitas acabaram por se emocionar.

“Quando perguntava se queriam mudar de vida acabavam a chorar. Elas sabem ao que vieram, têm necessidade de ganhar dinheiro, mas também sentem desgosto, revolta e angústia pela vida que levam”, lembrou o psicólogo e proprietário da empresa Terceiro Sector, dedicada a cursos de formação e apoio técnico a projectos de âmbito social.

Quase todas as profissionais do sexo aceitavam participar em cursos de formação relacionados com secretariado, relações públicas e restauração.

“Na altura não houve interesse das instituições sociais para se avançar com o projecto de valorização das competência profissionais dessas mulheres. Agora parece haver nova abertura.”

SEXO À ESPANHOLA

Enquanto as prostitutas em Portugal desesperam por clientes, do lado de lá da fronteira qualquer dos dias da semana serve de pretexto aos portugueses para uma visita aos serviços do sexo. Roberto (nome fictício), 28 anos e residente na zona da raia alentejana, explica como se processa a rota espanhola do prazer.

“Talavera e Badajoz são as zonas mais procuradas pelos portugueses que preferem Espanha por ter mais qualidade, oferta e higiene. Os jovens até aos trinta anos costumam ir em grupo, num ambiente de festa ou em despedidas de solteiro. Os mais velhos vão sozinhos, preferem a discrição e tornam-se muitas vezes clientes assíduos da mesma mulher”, conta.

Os bares de alterne espanhóis funcionam, tal como os portugueses, com determinadas regras. O cliente entra, após uma selecção mais ou menos rigorosa por parte dos porteiros, visto que o que conta é o “aspecto físico ou o tamanho da carteira”.

Segue-se a primeira bebida da noite, quase sempre uma cerveja para não pesar muito no bolso. Seis euros e uns tragos depois, um “boa noite” com sotaque do Brasil dá o mote para a conversa. A prostituta dá quase sempre o primeiro passo para o diálogo.

“Há quem vá apenas para olhar. Se for esse o caso, agradecemos o convite mas dizemos que não estamos interessados. Aí, deixam-nos e partem para outra.”, diz Roberto, avisando, em seguida, que não convém ter “muitas vezes este comportamento” sob pena de não poder voltar a entrar no bar.

A quem mostrar um sorriso ou oferecer dois dedos de conversa é imediata a aproximação corporal. Apalpões, beijos e carícias mútuas fazem parte deste ritual.

É tempo de regatear um preço, normalmente durante uma segunda bebida. Da conversa e do hábito de frequentar estes estabelecimentos os portugueses percebem que a maioria das prostitutas é oriunda da América do Sul, dos países do Leste da Europa e África. “Há para todos os gostos, o difícil é escolher”, confessa o cliente.

Normalmente um programa completo ronda os quarenta euros. Se o cliente quiser apenas sexo oral o preço nunca é superior a vinte euros. A estes valores soma-se sempre mais três euros para o preservativo e para os lençóis descartáveis usados nas camas. Os quartos são sempre num dos pisos superiores destas casas.

Chegado a um consenso do valor a pagar pelo cliente, este é depois “convidado a subir”.

CONSUMO DE ÁLCOOL E DROGAS

Quase todos os homens que procuram as mulheres da vida bebem álcool ou consome drogas antes do sexo. Muitos são jovens, entre os 18 e os 25 anos, outros têm mais de 40 anos e são de classe média e média-alta. Esta situação, de acordo com as autoridades, ocorre com maior frequência nos estabelecimentos de alterne do que em casas alugadas por prostitutas. “Nos bares, que encerram de madrugada, convida-se ao consumo de bebidas alcoólicas. Parte dos homens aceita o sexo depois de alcoolizado”, referiu a GNR. Segundo esta força, alguns dos envolvidos em acidentes de viação ocorridos de madrugada são clientes do alterne e acusam no teste de álcool.

"MULHERES QUEREM MUDAR DE VIDA"

Abel Ribeiro, sociólogo, fez um estudo sobre a prostituição no Alentejo

- CM – Por que fez um estudo sobre a prostituição no Alentejo?

- Abel Ribeiro – Através da minha empresa [Terceiro Sector] iniciei um projecto de âmbito social relacionado com a prostituição. O objectivo era fazer um levantamento do número de prostitutas na região alentejana dos mármores para depois candidatar, através do Programa Operacional da Região Alentejo, um conjunto de acções de formação que as pudesse canalizar para o mercado de trabalho. O projecto não foi em frente porque não houve apoio das instituições sociais da região. Quando se falava em prostituição houve sempre expressões e sentimentos de rejeição e discriminação.

- Quando fez o estudo?

- O projecto começou a ser elaborado em Janeiro em 2005 e decorreu durante um semestre. Falei com muitas mulheres e expliquei que se tratava de cursos estratégicos para uma eventual mudança de vida.

- Como é que reagiram ao projecto?

- A esmagadora maioria aceitava participar nestes cursos. Diziam que quando tivessem oportunidade mudavam imediatamente de vida para um trabalho decente.

- Quantas mulheres sinalizou durante esses seis meses para os cursos de formação?

- O estudo baseou-se sobretudo nos concelhos de Estremoz, Borba e Vila Viçosa (distrito de Évora) e nos concelhos de Avis, Sousel e Monforte (Portalegre). Foram detectados cerca de 70 estabelecimentos de alterne e mais de 300 mulheres a prostituírem-se. Das 70 casas de alterne, 15 foram detectadas através de anúncios de jornal.

- Qual a nacionalidade, idade e a formação académica dessas mulheres?

- Cerca de 80 por cento são brasileiras provenientes das grandes cidades e a maioria tem idades entre os 20 e os 30 anos. Encontram-se também mulheres ucranianas e, em menor número, portuguesas (cerca de três por cento) e africanas. Algumas são casadas, com filhos e têm a escolaridade mínima.

"HOJE FAÇO ENTRE 30 E 60 EUROS"

Andreia, prostituta, ganhava em 2003 mais de 200 euros por dia

- CM – Quantos clientes a procuram por dia?

- Andreia (nome fictício) – Em média faço um ou dois programinhas. Quando vim para Portugal, há três anos, fazia mais do dobro e cobrava o mesmo preço, 30 euros, por um programa normal [sexo oral e vaginal].

- Quanto ganha com os programas?

- Por dia ganho entre 30 e 60 euros, mas muitos dias não tenho clientes. Cheguei a ganhar bom dinheiro, mais de 200 euros por dia. Nessa altura enviava bastante dinheiro para a família que está no Brasil. Há dois meses que não mando nada e quando tenho algum é só para a minha filha.

- A que se deve esta crise no negócio do prazer?

- As pessoas não têm dinheiro e deixam de lado algumas coisas, entre elas o prazer.

- Anda à procura de emprego?

- Estou a ver se arrumo um trabalho nas limpezas, num restaurante ou num bar. A prostituição não dá mais para juntar dinheiro, mas apenas para sobreviver. O dinheiro que se ganha gasta-se nas despesas da casa, roupa e comida. Agora, acredito que seja difícil encontrar um trabalho, ainda para mais se souberem que sou prostituta. Em Portugal há muita discriminação.

PREÇO DOS PROGRAMINHAS

As brasileiras chamam-lhes programinhas e cada um tem o seu preço. Tanto nas casas de alterne como em residências, garagens e quartos alugados por prostitutas, o valor pago pelo cliente é igual para cada momento de prazer. Segundo estas mulheres, esta é a forma de combater a concorrência das casas de alterne espanholas e permitir a subsistência de quem vive da profissão mais velha do mundo no Alentejo.

- O programa mais barato é o sexo oral. Custa dez euros e, normalmente, é praticado em reservados das casas de alterne.

- O programa base no alterne, e o mais procurado pelos clientes, inclui o sexo oral mais sexo vaginal. Este custa trinta euros.

- Por este valor (trinta euros), o cliente poderá ter um programa de sexo anal. Mas nem todas as mulheres estão disponíveis para o fazer.

- Sessenta euros é o valor mínimo para sexo com um casal, com uso de instrumentos ou com práticas sado-masoquistas.

- O table dance ou o strip é praticado com maior frequência fora dos estabelecimentos de alterne. Existem pacotes para festas, aniversários e despedidas de solteiro a preços que podem variar entre os 100 e os 250 euros.

"A PROSTITUIÇÃO NÃO É CRIME"

Major Vasco Martins, comandante interino do Grupo da GNR de Évora, diz que o alterne não é ilegal

CM – Qual tem sido o trabalho da GNR no combate à prostituição no Alentejo?

- Major Vasco Martins – A maioria das casas onde funciona o alterne é frequentemente fiscalizada e situa-se entre Montemor e Elvas. Várias mulheres têm sido detectadas em situação ilegal. No entanto é difícil encerrar esses estabelecimentos porque não existe uma lei que defina o alterne como uma actividade ilegal. A prostituição também não é considerada crime.

- Quem é responsável pelos licenciamentos destas casas?

- São as autarquias. Têm competências para atribuir os licenciamentos e podem depois fiscalizar e encerrar os estabelecimentos.

- Como é que os proprietários legalizam os bares de alterne?

- Quase todos licenciam os estabelecimentos como casas de restauração. Alguns têm contratos de arrendamento dos quartos anexos. A única forma de fechar um estabelecimento é quando há provas de lenocínio. Já foram detidos indivíduos por receberem comissões das prostitutas.

ALTERNADEIRAS 'ABENÇOADAS'

Em Montemor-o-Novo, o Sagrado e o Profano vivem paredes-meias. Enquanto no bar de alterne A Estalagem os clientes se divertem e procuram sexo, ao lado, na Capela da Nossa Senhora da Conceição – propriedade privada ao serviço da igreja – são celebradas eucaristias. Os fiéis nunca aceitaram de bom grado a vizinhança, mas até agora o relacionamento tem sido pacífico. “Todos os sábados é celebrada a eucaristia e no dia 8 de Dezembro celebra-se a festa em honra de Nossa Senhora da Conceição. O culto semanal processa-se com normalidade”, referiu fonte da Arquidiocese de Évora. O único episódio registado prendeu-se com uma acção de fiscalização das autoridades, onde foram detectadas na Estalagem mulheres de nacionalidade estrangeira em situação ilegal no País. O processo referente a estas buscas decorre ainda em tribunal. O bar esteve encerrado durante meses, mas actualmente está aberto e a funcionar com normalidade.

DETENÇÕES

LENOCÍNIO

No final de Janeiro dois homens foram detidos por lenocínio (incentivo à prostituição) e dois outros forma identificados numa operação do SEF na região de Beja. Na busca realizada a um estabelecimento de diversão nocturna foram identificadas seis mulheres e apreendidas duas viaturas e 4500 euros.

ILEGAIS

Durante uma operação de fiscalização realizada em Janeiro de 2005 a 14 casas de alterne no distrito de Évora foram identificadas 32 mulheres - 24 das quais brasileiras - tendo duas sido detidas por situação ilegal no País. Um homem foi também detido por lenocínio.

PRISÃO

A condenação de António Vaz de Jesus a 21 anos de cadeia foi o caso mais mediático no Alentejo relacionado com prostituição. O julgamento da rede de tráfico de mulheres, que terminou em Março de 2003 no Tribunal de Elvas, levou ao banco dos réus 16 arguidos.
Alexandre M. Silva com P.G. l

Anónimo disse...

entao mas e n sabes mais nd desde dia 16????? ;)

Anónimo disse...

O custo de vida a subir!
As dores nas "cruzes" a não me largarem!
Os cães dos meus vizinhos sempre a ladrar!

A minha colega de trabalho que nunca mais me abre as pernas!

A Terra a aquecer!
O Mar a subir!
A areia a fugir!
O dinheiro a diminuir!

E o mais que te há-de parir!!!!!

Anónimo disse...

kem é o tubarão?

www.jardinsdomondego.blogspot.com

Anónimo disse...

Pré-campanha para a AAC.
Maló vai de jipe a Bissau dar camisolas da AAC, com o apoio do seu amigo Providência...mas para cá vem de avião...agora já perceberam porque não actualiza esta coisa, anda a treinar no ginásio e ver como encaixa com o Zé Cid.

Anónimo disse...

Publicado por Paula Lee na categoria Todos os posts, Diversos assuntos num post só

February 25, 2007 on 3:11 pmUi… Ontem eu estava mesmo cansada. Mas agora preparem-se, esse post será grande.



Cheguei em Coimbra e fui almoçar com o meu “amigo”. Fazia já algum tempo que a gente não se via, por isso a conversa foi muito longa. Ele é um cliente especial, fazia muito tempo que eu tinha prometido voltar a almoçar com ele mas não conseguia arranjar esse tal tempo. Mas foi só conversa mesmo, ele tinha um encontro de negócios depois do almoço e eu tinha inúmeras coisas para resolver em Coimbra. Ganhei uma prenda dele nesse almoço. Entregou-me o envelope disfarçadamente enquanto ele tomava o café e eu acendia um Davidoff. Coloquei o envelope na bolsa e só abri quando cheguei em casa. Sempre que almoçamos juntos ele me recompensa. Um dia eu não quis receber, afinal ele é uma pessoa querida, era um prazer para mim ter a sua companhia para almoçar, mas ele me disse: «Paula, essa é apenas uma prenda. O tempo que estou contigo, seja a fazer sexo ou seja a conversar, é sempre um prazer para mim. Há mulheres com quem só consigo ter prazer no sexo, e há mulheres com quem eu consigo prazer apenas na conversa, contigo eu consigo as duas coisas, e por isso eu acho que deves ser recompensada pelo teu tempo.»



O que eu tinha para resolver em Coimbra está relacionado com a minha ida para essa cidade (por apenas dois dias) na semana que vem. Depois eu confirmo a data aqui.



Antes de ir para Coimbra fui nos Correios para buscar uma carta que aquele homem fantástico que me mandou dois livros me enviou. Uma carta escrita com caneta, que delícia! É verdade que não foi fácil entender a sua letra, mas a minha consegue ser pior que a dele. Era uma carta linda, muito intimista, escrita com a alma.



A seguir fui fazer um telefonema para a D., fazia mais um bom tempo que a gente não se falava. Tinha tentado falar com ela na quinta-feira à noite, mas o seu telemóvel ficou sem bateria. Nem sei como o telemóvel dela aguenta, porque, apesar da D. já não ser mais prostituta, se der bobeira o telemóvel dela toca mais do que o meu. Mas isso tem a sua razão, a D. tem uma energia muito intensa, todo mundo quer estar perto dela, falar com ela. Faz quase 3 meses que a filha mais velha dela está em Portugal, veio passar um tempo com a mãe, está quase indo embora e a D. promete, promete, e nunca consegue vir trazer a sua filha para eu conhecer. Já falei muitas vezes com a filha dela ao telefone, é uma menina estudada, inteligente, a D. deu uma excelente educação para os seus filhos. A D. me disse que hoje, domingo, vem aqui, e parece que vem uma turma grande: vem ela, o marido, uma amiga dela, sua filha mais velha e sua filha pequena. Portanto já sabe, não vou trabalhar, e não é nem só por causa da D., mas porque vou ter uma criança pequena em casa.



Depois do almoço eu fui resolver as tais coisas importantes, e a seguir fiquei batendo perna em Coimbra.

Nem eu imaginava que conhecia tanta gente em Coimbra, eu dava meio passo e via algum conhecido.



Outra coisa que eu não me lembrava de Coimbra era de que os homens eram tão provocantes e/ou provocadores. Eu andava na rua e vários homens mexiam comigo, pronunciavam elogios, enquanto eu seguia o meu caminho. Alguns rapazes eram lindíssimos, se eu não fosse comprometida eu até teria dado confiança (porque eu sou prostituta, mas não sou piranha).

Agora eu sei a razão de não me lembrar desse detalhe de Coimbra: todas as outras vezes que estive em Coimbra ou passeei por Coimbra eu estava acompanhada, e dessa vez estava sozinha. E teve também algumas cenas muito engraçadas. Teve um rapaz que passou por mim e disse “Hummmm… És uma delícia!”, mas o engraçado foi a cara que ele fez, o biquinho com a boca, como se estivesse a sugar a última gota da lata de refrigerante com uma palhinha. Pena que, quando eu pensei em pedir para ele fazer aquela mesma cara para eu bater uma fotografia ele já tinha fugido. Seria engraçado, ah, seria, porque eu ainda ia contar pra ele que a fotografia era para um blog erótico. Mas duvido que ele fosse aceitar. A grande piada para essas pessoas é fazer a “paquera” no meio da rua e ir embora, sem esperar uma resposta, será algum medo de uma rejeição?



Parei numa praça para tirar fotografias, e, sem querer, fiquei imaginando como será a vida sexual de cada pessoa. Sei, parece ideia de gente tarada, olhar para as pessoas e ficar a imaginá-las trepando. Mas aí vi nessa praça um senhor que não parava de olhar para mim, devia ter mais de 70 anos, e eu cismei, não sei de onde veio essa minha ideia, de que ele era um dos adeptos do frotteurismo. E não é o que o tal senhor ficou me seguindo? Até fiquei contando para o meu amigo da carta ao telefone tudo aquilo que ia acontecendo, chegava a ser cómico.



Fiquei andando sem destino, e então cheguei numa escadaria onde via uma feira. Desci as escadas e descobri uma feira de antiguidades. Queria ter tirado a foto dessa feira para colocar aqui, mas como tinha muita gente nessa feira ia ser difícil depois eu manipular a imagem de todos os rostos. A feira era imensa, e encontrei muitas pessoas vendendo livros. Antes de pensar em fazer qualquer compra, passeei distraidamente pela feira, e de repente uma pessoa me diz:

- É isso que a menina quer, não é?

Notei que ele falava comigo e levantei os olhos, quando vi um livro do Marquês de Sade nas suas mãos.

- A menina está de óculos, mas mesmo assim consegui reconhecê-la.

Era o meu vendedor de livros do Marquês de Sade, eu nem sabia que ele também vendia os seus livros em Coimbra.

Comprei o livro (”Os melhores contos de Marquês de Sade”) e comprei também “O Xangô de Baker Street”, do Jô Soares, que eu já tinha começado a ler quando estava no Brasil, mas não tinha chegado ao final quando surgiu a proposta de vir para Portugal, e por isso tive que devolvê-lo na biblioteca.



Liguei para o G., aquele meu outro cliente-amigo de Coimbra, ele pediu que eu ligasse para ele assim que tivesse resolvido tudo o que tinha ido resolver em Coimbra. Mas quando eu liguei ele estava a trabalhar, disse que poderia se encontrar comigo em uma hora, e eu estava já cansadíssima, pedi para adiar, para a gente se encontrar essa semana quando eu voltar para Coimbra.

Assim voltei para casa, no final da tarde.



Eu estava super cansada, mas resolvi responder alguns e-mails. Ainda pensei assim: «E eu vou dormir desse jeito, virgenzinha, sem fazer sexo com ninguém hoje?» Então o 51 (tenho um post para publicar sobre ele em breve) me ligou por volta da meia-noite, a minha cabeça estava cheia de vontade de estar com ele, mas o meu corpo estava tão cansado que recusei o programa, mais por causa dele próprio do que por causa de mim, porque eu sei que, por mais que a minha cabeça quisesse, talvez o meu corpo não correspondesse, não deixasse que o sexo fosse tão intenso como tem sido nos últimos anos em que ele vem sempre me visitar. Só com o 51 eu já fiz sexo umas 144 vezes (segundo a minha última contagem) e não queria que a 145ª fosse inferior às outras, porque o meu objectivo é que o sexo seja sempre melhor, e não pior.

Anónimo disse...

AAGGGGGGGGGGGGGRICULTORES?????????????????


Três candidaturas à Caixa de Crédito Agrícola Mútuo
Gorada que parece a hipótese de se constituir uma lista única, perfilam-
-se três candidaturas aos órgãos sociais da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Coimbra, cujas eleições decorrem a 25 de Março

Parecem ter sido infrutíferos os esforços no sentido de se congregar todas as sensibilidades numa lista única para as eleições da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Coimbra. Por isso, tudo aponta para que surjam três listas candidatas às eleições do próximo dia 25 de Março.
Para já, apenas parece definido o “rosto” de uma das candidaturas. Trata-se de Pompeu Grilo, presidente da Direcção da instituição desde 1994. Ao Diário de Coimbra, o dirigente não quer comentar a recandidatura, por não colocar de lado uma eventual fusão de listas. «Para já sou candidato, mas algo pode mudar até à entrega das listas», afirma.
Uma segunda lista deverá ficar definida até final desta semana, faltando apenas saber quem será o candidato à presidência da Direcção: Álvaro Amaro, presidente da Câmara Municipal de Gouveia, ou Jorge Lemos, antigo vereador da Câmara Municipal de Coimbra. Esta candidatura quer, sobretudo, imprimir uma nova dinâmica à instituição. Fonte ligada a esta lista adiantou ao Diário de Coimbra que o objectivo é «rentabilizar os processos financeiros», o que não tem acontecido com o actual elenco directivo. E sublinha: «Estamos a falar de uma instituição financeira de Coimbra, que conta com mais de mil sócios que não vivem da agricultura», sublinhou.
Na luta entra ainda uma terceira lista, cujo “rosto” não é conhecido. Falou-se na eventualidade de João Almeida, presidente da Cooperativa Agrícola de Coimbra, avançar, mas este rejeitou essa possibilidade. Apesar disso, integrará a lista.
O último dia para a entrega de listas é 10 de Março. O escrutínio decorrerá a 25 do mesmo mês, na delegação de S. Silvestre da instituição.l





Paulo Cardantas

Anónimo disse...

CEPO?

Guiné-Bissau: Expedição Humanitária Coimbra/Bissau segue quinta-feira com 16 aventureiros


Lisboa, 26/02 - Um grupo de 16 aventureiros segue quinta-feira para a V Expedição Humanitária via terrestre que vai ligar Coimbra (centro de Portugal) a Bissau, onde espera chegar dia 08 de Março, fez saber hoje, segunda-feira, a Lusa.

A fonte cita o responsável pela organização da expedição, Luís Cepo, como tendo indicado que estão reunidas as condições para a partida e adiantou que, a caminho da capital da Guiné-Bissau, segue já um contentor com 20 toneladas de material oferecido por várias entidades e particulares.

O contentor, que segue via marítima transporta material médico, incluindo uma sala completa para tratamentos ginecológicos, camas pediátricas hospitalares, livros, material desportivo, brinquedos "e dezenas de outras coisas que podem fazer diferença".

Segundo Luís Cepo, os 16 aventureiros, que seguirão a bordo de sete jeepes todo-o-terreno, vão depois proceder à distribuição do material em várias localidades da Guiné-Bissau, contando com a ajuda da embaixada portuguesa na capital guineense.

A partida acontecerá às 11:00 da próxima quinta-feira, após uma breve cerimónia nos paços do concelho, em Coimbra, e até à chegada a Bissau, o roteiro inclui Espanha, Marrocos, Sahara Ocidental, Mauritânia, Senegal e Gâmbia.

Luís Cepo adiantou que cada um dos participantes vai por conta própria e que todos os donativos servirão como ajuda humanitária, que será encaminhada também por organizações não governamentais portuguesas e guineenses e por duas missões católicas.

Para custear a expedição, a organização contou com vários apoios financeiros, materiais e institucionais, como a Fundação Bissaya Barreto, a ONG Saúde em Português, NOKIA Portugal, Câmara de Coimbra, Junta de Freguesia de Taveiro, Caixa de Crédito Agrícola e o cantor José Cid.

O popular cantor português, aliás, sublinhou Luís Cepo, acedeu em actuar na noite de quarta-feira próxima no Pavilhão Multidesportos de Coimbra, revertendo a receita para uma conta aberta em nome da expedição na Caixa de Crédito Agrícola de Taveiro.

Luís Cepo, que apelou para a participação e a solidariedade, adiantou que o montante apurado vai juntar-se ao material arrecadado nas diferentes campanhas de sensibilização e de recolha de donativos, tendo em vista a compra de vacinas, a enviar depois para a Guiné-Bissau.

As operações no terreno durarão cerca de uma semana, após o que os 16 aventureiros farão o percurso contrário, partindo a 16 de Março de Bissau, devendo chegar a Portugal cerca de uma semana mais tarde.

Anónimo disse...

NÃO ERA COIMBRA - BISSAU?????????????????

Expedição humanitária Lagoa-Guiné já partiu


mara dionísio Ver Fotos »

António Camilo (à direita) dá os últimos retoques na sua viatura
A esta hora, os 17 aventureiros, liderados pelo lagoense António Camilo, já estão a caminho da Guiné-Bissau. A missão é levar material escolar e hospitalar ao povo do interior da Guiné Bissau.

António Camilo, combatente na ex-Guiné portuguesa na década de 60, e 16 outros aventureiros de todo o país concentram-se, na quinta-feira, na Baixa de Lagoa para ultimar os preparativos da quinta expedição humanitária Lagoa-Guiné Bissau.

As sete viaturas estavam apinhadas de mantimentos para uma viagem que se adivinha longa. A viagem deverá «levar cerca de nove dias» até chegar ao destino, contou ao «barlavento» António Camilo, organizador da iniciativa.

Pelo caminho, «vamos andar e comer», disse em tom de brincadeira Camilo, como é conhecido em Lagoa. Terão que atravessar quatro fronteiras e percorrer 11 mil quilómetros.

A expedição humanitária vai atravessar a costa Noroeste do continente africano e passar por Espanha, Marrocos, Sahara, Mauritânia, Senegal, Gâmbia, e por fim Guiné-Bissau.

Por barco, foi já despachado um contentor, com cerca de «20 toneladas de material», revelou António Camilo.

Na bagagem vai a força de vontade de quem quer dar um pouco de conforto e alegria às crianças do interior da Guiné.

Antes da partida, o ex-combatente, não conseguia esconder as lágrimas ao relembrar a sua última expedição.

«No ano passado, fomos a uma escola distribuir materiais e o professor disse aos alunos para nos dizerem qualquer coisa. Eles perguntaram: porque nos vêm dar isto? Pois nunca lhes deram nada», reforçou António Camilo.

Se há cinco anos, «éramos três, num só carro», agora são 16 missionários, que vêm de vários pontos do país, desde Coimbra, Lisboa, Montijo, e claro está do Algarve.

Dois médicos de Coimbra e dois enfermeiros vão acompanhar a expedição, bem como alguns ex-combatentes.

Para Maló de Abreu, médico em Coimbra, esta é a primeira vez que vai à Guiné, e não esconde a satisfação de fazer parte desta causa.

«É preciso dedicar parte da nossa vida a boas causas, levar um pouco de solidariedade e ver o sorriso daquelas crianças, que precisam de tudo. Não só de bens materiais mas também de carinho».

Até dia 21 de Março, o grupo vai ficar hospedado na Pousada do Saltinho, na Guiné-Bissau. No dia 16, Rocha Vieira, ex-governador de Macau e natural de Lagoa, e o governador civil de Beja vão juntar-se à missão e ajudar a distribuir os materiais.

«Associei-me a esta iniciativa porque as razões que motivam Camilo são louváveis. Além disso, gosto de aventura, de conhecer outras culturas», explicou Rocha Vieira.

Juntos irão percorrer cerca de três mil quilómetros no interior da Guiné para distribuir, directamente, os materiais.

Além de lápis, borrachas, canetas e roupas, a expedição leva uma sala de ginecologia, totalmente nova, oferecida pela Câmara de Coimbra e pela instituição Saúde em Português.

A Fundação Bissaia Barreto ofereceu também camas para bebés.

Anónimo disse...

CURIOSIDADES AUTÁRQUICAS
(Reunião da Câmara de 21 de Fevereiro de 2007)



UMA RAPIDINHA



Já com o novo figurino, que as imagens tentam demonstrar, teve lugar nos Paços do Concelho a Reunião da Câmara Municipal de Lagos.



Que nos perdoem este título, mas à velocidade a que decorreu esta reunião da Câmara Municipal de Lagos, foi a expressão que mais nos ocorreu – começou às 15,05 horas e acabou às 16 horas.



A Ordem do Dia também não prometia muito mais, limitando-se praticamente a mais uma distribuição de subsídios – um destes dias o nome da autarquia terá que ser alterado para Câmara da Subsídiodependência.



Foram contemplados.....e o Social Putter, Lda – tudo num total de cerca de 19.000 euros, se fizemos bem as contas.

Anónimo disse...

ELEIÇÕES AAC.
Uma equipa da RTP vai a caminho do deserto para que Maló de Abreu não continue a pregar no deserto

Anónimo disse...

Para melhorar a competitividade em relação à concorrência admiti a tempo inteiro uma notária para o meu stand.
Agora, tenho-a aqui metida num gabinete e não sei que lhe fazer.
Vou entrar em contacto com o Tavares de Almeida, este fala com o vice Rebelo, que por sua vez contacta o Eduardo Simões e tudo se há-de arranjar.
As obras na circular externa estão a correr bem.
a populaça vai ter que aguentar mais uns meses, mas que se lixe.

Anónimo disse...

O Dr Maló não tem www em Africa?

Deixou morrer este blogue ou foi só uma operação mal sucedida?

Anónimo disse...

Batatas, pitos e panelas na estrada nacional

No acesso norte à cidade de Coimbra há uma feira bimensal que se realiza, em Santa Luzia, mesmo "em cima" do Intinerário Complementar (IC) n.º 2 (antiga Estrada Nacional n.º 1). A Estradas de Portugal, a Câmara da Mea-lhada e a GNR já intervieram no sentido de afastar os feirantes da berma da estrada, para acabar com as longas filas de trânsito e o caos numa via tão movimentada. Mas a força e a autoridade dos co-merciantes demonstraram-se superiores às daquelas entidades oficiais e à própria lei. Num primeiro momento, face à acção dos fiscais municipais, os feirantes ainda se afastaram um pouco do IC2, mas paulatinamente regressaram à berma da estrada, onde nos dias 5 e 19 de cada mês vendem pitos, panelas e batatas, enquanto se amontoam carros em filas intermináveis. O cenário, altamente desprestigiante para um Estado de Direito, faz lembrar alguns mercados de Marrocos ou de Angola, onde reina a anarquia. Quem vê, com a conivência das autoridades, os feirantes de Santa Luzia a vender batatas em pleno IC2, com todos os riscos daí decorrentes para a segurança de pessoas e bens, fica com a ideia que a lei é uma regra da conduta humana apenas imposta e mi-nistrada a alguns cidadãos. Não aos feirantes de Santa Luzia. Ou, então, vivemos num país com dois Estados o português e o de Santa Luzia.

Autor: Miguel Gonçalves, Editor do Jornal de Notícias e Chefe da Redacção de Coimbra